Marco Feliciano rebate críticas de Jô Soares: “Esse preconceito é porque sou evangélico?”
O pastor Marco Feliciano
(PSC-SP) divulgou carta-aberta a Jô Soares e rebateu as afirmações feitas pelo
apresentador de que ele não deveria ser presidente da Comissão de Direitos
Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados.A fala de Jô em crítica a
Feliciano aconteceu durante uma discussão sobre o deputado federal Jair
Bolsonaro (PP-RJ), que vem sendo acusado de fazer apologia ao estupro.
Em sua carta, Feliciano
esclareceu que desde o começo de 2014 já não atua mais na CDHM pois o mandato à
frente da comissão era de apenas um ano, e disse que era injusto da parte de Jô
Soares desqualificar seu trabalho, pois assuntos que não eram tratados há
tempos receberam atenção.
“Às vezes me pergunto como um homem com tamanha cultura com uma
equipe de produção das mais competentes, antenados em tudo que ocorre no mundo,
às vezes forma juízo de valor sobre pessoas e as expõe ao seu grande público,
como é o meu caso. Fui citado várias vezes durante minha gestão como presidente
da Comissão de Direitos Humanos e Minorias e também recentemente ao abordarem o
ocorrido com o deputado Jair Bolsonaro, o querido Jô indagou sobre mim, e
afirmando que eu não deveria estar na Comissão de Direitos Humanos. Eu
perguntaria: por que esse preconceito? Será por que sou evangélico? Será por
que não sou de movimentos considerados ‘cult’, nem carrego a bandeira
vermelha?”, questionou o pastor Marco Feliciano.
Na sequência, o pastor
acrescenta informações sobre seu mandato na carta a Jô Soares: “Teria a
produção do Jô, tão competente, explicado a ele que não sou mais presidente da
comissão desde o início deste ano, sendo as presidências de comissões anuais e
que hoje sou apenas um entre tantos membros da comissão? Teria a produção do Jô
procurado nos anais da Casa do Povo os trabalhos efetuados em minha gestão à
frente da CDHM, tais como, audiências com índios que há anos não eram atendidos
pela dita comissão?”, voltou a questionar.
O deputado evangélico se mostrou grande fã
do trabalho de Jô Soares, mas fez algumas considerações para mostrar que a
Comissão de Direitos Humanos realizou trabalhos importantes durante a sua
presidência.
Citando alguns dos trabalhos, Feliciano
mencionou: adoção de crianças, prostituição infantil, quilombolas, trabalhos
análogos a escravidão, assédio moral, suicídio de policiais, cidades inteiras
contaminadas por chumbo, audiência com índios e a aprovação da lei de cotas
para serviços públicos.
Na sequência, Feliciano
acrescenta uma leva provocação a seus adversários políticos: “Ainda
questionaria ao amado Jô se ele soube de algum trabalho da CDHM neste ano de
2014 sob a presidência do PT? O único trabalho ‘relevante’ desta douta comissão
foi aprovar um Requerimento de Visita ao presidiário José Dirceu que segundo
denúncias estava tendo maus tratos na Papuda”.
Sobre o episódio envolvendo os deputados Jair
Bolsonaro e Maria do Rosário (PT-RS), Feliciano
afirmou recentemente que “eles estavam chamando o deputado Bolsonaro de
estuprador, e ele disse que mesmo que fosse não estupraria a deputada. É
preciso restabelecer a verdade, ele não disse que era um estuprador”, pontuou.
Posteriormente, Feliciano usou a palavra na
Câmara dos Deputados para reiterar que, sob seu ponto de vista, o caso estava
sendo tratado de forma parcial: “A esquerda pode xingar? Maria do Rosário pode
ofender? Bolsonaro não? Isto é justo? Se ambos quebraram o decoro, por que só
Bolsonaro sofreria punição? Que fique claro: o revide de Bolsonaro não isenta a
responsabilidade de Rosário”, protestou.
“Peço ao amado Jô que seja justo em seus
ponderamentos, e não caia na vala comum da parcialidade”, escreveu.
Click no Play e Assista a este vídeo onde o Jô falar do
Deputado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário