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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Pastor é preso e pode ser morto por falar de Jesus Cristo, pode ser condenado à pena de morte, leia e saiba tudo sobre este acontecimento.

Pastor é preso no Irã sob acusação de cometer “crimes contra Deus” e condenado à pena de morte

Publicado por Tiago Chagas em 14 de agosto de 2014 
Tags: crimes contra Deus, Irã, pastor matthias haghnejad, Perseguição Religiosa

A perseguição contra pastores no Irã continua a todo vapor, na esteira dos casos de extremismo de muçulmanos que vem sendo registrados nos demais países da região.
O pastor Matthias Haghnejad foi preso recentemente depois que forças de segurança do país invadiram a sua casa e confiscaram livros e outros materiais de conteúdo cristão. A entidade Christian Solidarity Worldwide (CSW) noticiou que as forças policiais o acusaram de ter cometido “moharabeh”, que pode ser traduzido como “crimes contra Deus”.
Matthias agora enfrenta um processo que pode resultar na pena de morte, apesar da legislação vigente no país não permitir a execução nestes casos. “Estas acusações constituem em um preocupante aumento da campanha do Irã contra os cristãos, acrescentando um novo esquema sinistro do regime de violações a liberdade religiosa”, comentou Mervyn Thomas, presidente executivo da CSW.
Para Thomas, é possível que o pastor Matthias Haghnejad seja mais uma vítima das irregularidades cometidas pelas autoridades iranianas: “O fato de que o Irã continua cometendo graves violações dos direitos humanos, incluindo as execuções sem o devido processo e acusações vagas, buscando ao mesmo tempo melhorar suas relações com outras nações, é um assunto de máxima preocupação”, lamentou.
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Para o representante da CSW, os demais países deveriam interferir no que vem acontecendo naquele país: “A comunidade internacional deve insistir em melhorias visíveis e consistentes em matéria de direitos humanos, e em defesa dos direitos previstos nas convenções internacionais das quais o Irã é signatário, como pontos de referência para melhorar as relações bilaterais e multilaterais”.
De acordo com informações da CSW, o código penal Islâmico que passou a vigorar em 2013 proíbe a pena de morte nos casos de crimes classificados como “contra Deus”. Porém, somente em 2014, oito detentos acusados de “moharabeh” foram executados, incluindo os ativistas iranianos em questões culturais Hashem Shaabani e Hadi Rashedi.


Pastor é preso no Irã acusado de fazer “guerra contra Deus”

Acusações podem render-lhe pena de morte
por Jarbas Aragão

Quando Hassan Rouhani tornou-se presidente do Irã no ano passado, o mundo comemorou. Afinal, ele prometia um governo “moderado”. Contudo, o contínuo aumento no número de execuções por motivos religiosos, mostra que os cristãos correm cada vez mais perigo.
Foram oito homens executados em 2014, acusados de fazer “guerra contra Deus”. Para os muçulmanos, o cristianismo é uma maneira de se guerrear contra Alá (Deus, em árabe) e a revelação dada ao profeta Maomé. O caso mais recente é o do pastor Matthias Haghnejad. Oficialmente, o governo diz que ele é culpado de  “moharebeh” (inimizade contra Alá), um crime que pode ser punido com a morte.
Dia 5 de julho, membros das forças de segurança iranianas invadiram sua casa em Bandar Azali, norte do Irã, e confiscaram Bíblias, panfletos e seu computador pessoal. Ele ainda terá que pagar multa. Em 2011 e 2012, Haghnejad e outros líderes cristãos foram presos, acusados de fazerem “propaganda contra o Estado”, mas saíram da cadeia algum tempo depois. Agora as acusações são mais sérias.
A missão Christian Solidarity Worldwide, que trabalha dando apoio a cristãos perseguidos, relata que Haghnejad foi interrogado no Tribunal Revolucionário de Karaj durante duas horas antes de ser preso. Não foram divulgados os motivos, mas o provável é que ele tenha sido denunciado pela família de algum muçulmano que se converteu a Jesus.
Juntamente com o pastor, foram presos dois cristãos, Mohammad Roghangir e Suroush Saraie, mas as acusações contra eles não são claras.  Existem vários outros pastores presos no Irã que sofrem torturas e são forçados continuamente a negar a sua fé.
O caso mais famoso é o de Saeed Abedini, 33, preso desde setembro de 2012, que foi condenado a oito anos de prisão. Existe uma campanha internacional pedindo por sua libertação e o fim da perseguição aos cristãos. No Brasil, o pastor Marco Feliciano fez uma mobilização em favor do pastor.
No Irã, a evangelização é proibida, sendo chamada de “ação contra o Estado” e “ação contra a ordem nacional”, tendo status de crime de segurança nacional. O Estado é islâmico e totalitarista, não admitindo contestação contra o profeta Maomé ou Alá (termo árabe para Deus).
O cristianismo foi banido desde a revolução islâmica, em 1979, bem como qualquer oração que não seja feita a “Alá”. O novo Código Penal Islâmico, que entrou em vigor em 2013, proíbe a pena de morte para “moharebeh”. Mas as pessoas  acusadas ​​deste crime se queixam de terem sido torturadas para extrair confissões falsas, não terem assistência jurídica e passaram por julgamentos injustos, feitos sem a presença de testemunhas.
O presidente-executivo da Christian Solidarity, Mervyn Thomas, disse: “Pedimos ao governo do Irã para acabar com a perseguição ao pastor Matthias… Sua prisão é injustificável, implausível e equivale a uma acusação ao próprio cristianismo. Trata-se de uma preocupante escalada da perseguição aos cristãos do Irã com sérias violações da liberdade religiosa”. Com informações de Charisma News

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